Durante a recente Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu em silêncio sobre a situação na Venezuela, um tema que afeta diretamente o Brasil devido ao crescente fluxo de refugiados fugindo do país vizinho. No entanto, diversos líderes internacionais aproveitaram o palco global para condenar as irregularidades eleitorais e violações dos direitos humanos na Venezuela.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a luta por liberdade e direitos, afirmando que os venezuelanos “emitiram seus votos por uma mudança que não pode ser negada”. Em apoio, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, expressou solidariedade ao povo venezuelano, destacando a “repressão brutal” pós-eleitoral que resultou em mortes e prisões de opositores políticos.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, reafirmou o compromisso com a democracia na Venezuela, condenando detenções injustas e a necessidade de transparência nos resultados eleitorais. Da mesma forma, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, clamou por ações concretas, enfatizando a necessidade de “condenar a fraude” e a repressão por parte do regime venezuelano.
Javier Milei, presidente da Argentina, criticou a presença de ditaduras como a da Venezuela no Conselho de Direitos Humanos da ONU, questionando a coerência da organização com seus princípios. Já o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, trouxe à tona a crise humanitária, mencionando como “milhões de vizinhos se veem obrigados a sair de seu território”.
Gabriel Boric, presidente do Chile, defendeu uma posição comum entre países progressistas, independentemente da ideologia dos líderes que cometem violações, citando Nicolás Maduro, entre outros. Bernardo Arévalo, presidente da Guatemala, condenou a repressão das aspirações de liberdade e justiça na Venezuela e Nicarágua.
Finalmente, Luis Abinader, presidente da República Dominicana, alertou sobre o impacto da concentração de poder e a perseguição à oposição na Venezuela, salientando a importância da transparência eleitoral para evitar o agravamento da crise.
Enquanto Lula optou por não se pronunciar sobre a Venezuela, a posição de outros líderes ressalta a importância e urgência das questões enfrentadas por aquele país, destacando o papel crucial da comunidade internacional na busca por soluções pacíficas e democráticas.