Por Maria Emilia Voss
A tragédia que devastou o Rio Grande do Sul trouxe destruição e perplexidade diante dos descasos do Governo Federal. As respostas negligentes, uma esdrúxula intervenção federal e a criação de uma secretaria, cujo líder é alguém que disse abertamente que não sabe o que fazer nem por onde começar, diante dessa catástrofe. Expôs todo o lamaçal de incompetência desse Governo, prioridades inespecíficas e ineficácia diante de situações de crise.
Enquanto a população ainda sofria, vivendo um caos total, a pronta resposta do Governo Federal foi falha, desastrosa e ineficiente. A falta de coordenação entre os órgãos públicos competentes, a ausência de medidas eficazes, trouxeram à tona a ineficiência administrativa, a inexistência de um Plano de Mobilização e o total descaso para com as pessoas e com o Estado do Rio Grande do Sul, celeiro do nosso país.
Não temos certeza se provocada por negligência na manutenção das barragens, a falta de plano de zoneamento urbano com permissão para ocupação em áreas passíveis de alagamento, a impermeabilização dos solos urbanos é uma constatação. A negligência aconteceu sim, principalmente por motivações politicas e interesses externos no nosso Agronegócio.
A Motivação Política pode ser uma delas, por ser o Rio Grande do Sul uma forte base de eleitores conservadores e isso ter influenciado a não resposta emergencial do governo federal, que optou por priorizar pautas políticas e fazer palanque sobre a tragédia. Negligenciou uma área que não lhe oferece tanto suporte eleitoral, porém é de grande interesse dos “globalistas” que estão falidos em seus territórios, com escassez de água, energia cara, agricultura subsidiada pelo Estado e já não conseguindo mais a excelência dos seus produtos.
Fanfarreando as facilidades de dupla cidadania, visto todo o Sul ter tido prioritariamente colonização italiana e alemã, isso facilita a compra de terras estrangeiras por “laranjas” com cidadania europeia e assim, futuras áreas desapropriadas, não me surpreenderá se, em pouco tempo, passarem para as mãos de estrangeiros.
O Brasil, de maneira geral, sofre com a escassez de políticas públicas voltadas para a prevenção de catástrofes e a devida importância para as pautas voltadas à Defesa Civil e Mobilização . O orçamento destinado a essas áreas é frequentemente cortado, resultando em respostas tardias e insuficientes para quando ocorrem desastres ou mesmo desviados para outras prioridades.
A tragédia no Rio Grande do Sul também expôs uma desconexão profunda entre o atual Governo Federal e o desconhecimento quanto às necessidades regionais. Pouco preocupado em entender e atender às demandas específicas de regiões distintas desse país continental e com diferenças regionais específicas. Não foi por falta de um diálogo efetivo e de uma presença ativa dos “Gaúchos”, sempre presentes e representados com força em vários setores da vida pública. É fato, o governo federal no Estado RS, contribuiu para uma resposta ineficaz e tardia.
Apesar da negligência governamental, a população gaúcha demonstrou uma resiliência admirável, um Estado Grande além do nome. Comunidades se mobilizaram, voluntários de diferentes segmentos da sociedade trabalharam incansavelmente e a solidariedade emergiu espantosamente, impactando esses governantes comprometidos com o entreguismo do Brasil, que se espantaram com a capacidade desse povo de não se abater.
O Rio Grande do Sul, com tradição de “feitos registrados na história de nossa nacionalidade, não somente o guardião de tantas tradições “libertárias” é, antes de tudo, uma fonte perene de pensamento político, de imaginação, bom senso e vocação democrática”(João Batista Figueiredo), seguramente ressurgirá Grande , além do Sul, muito mais rico e com perspectivas maiores quanto ao seu futuro, será um testemunho vivo e exemplar do espírito gaúcho e da força de seu povo.