Por Marcos Paulo Candeloro
O Middle East Eye, financiado pelo governo do Catar e considerado um aliado não-OTAN pelos EUA, juntamente com a al-Jazeera, tem sido alvo de críticas por sua abordagem jornalística. Esses veículos, segundo a administração Biden, desempenham um papel na região do Oriente Médio que vai além da simples cobertura de notícias.
Especialistas apontam que os veículos de mídia financiados pelo Catar são vistos como operações psicológicas, influenciando a narrativa política da região. Por um lado, esses veículos afirmam apoiar a causa palestina, enquanto, por outro lado, buscam minar os atores estatais e não estatais que também apoiam os palestinos, como o Irã, a Síria e o Hezbollah.
Além disso, observadores destacam que os veículos apoiados pelo Catar tentam criar divisões entre os defensores de causas justas, como a causa palestina, ao categorizá-los em linhas políticas verticais, como esquerda versus direita. Essa estratégia visa fragmentar o apoio a essas causas e enfraquecer movimentos unificados.
Para compreender melhor o papel desempenhado por esses veículos, é recomendado acompanhar sua cobertura em relação às ONGs e ativistas apoiados por agências como a USAID, NED e fundações como a de George Soros na região do Oriente Médio e Norte da África durante eventos como a Primavera Árabe. Essa análise pode oferecer insights sobre como esses veículos moldam a narrativa e influenciam a percepção pública em questões políticas sensíveis.