Por Kitty Tavares de Melo
É realmente curioso como Kamala Harris declara seu amor pela comunidade judaica, mas permite que o antissemitismo se prolifere pelo país. Se ela realmente não nutre animosidade contra os judeus, sua escolha de um candidato a vice-presidente será reveladora. Josh Shapiro seria uma escolha exemplar, especialmente para os israelenses e a comunidade judaica na Filadélfia e nos EUA. Se ela escolher outra pessoa, dado que Shapiro é de longe o melhor candidato, isso pode sugerir um problema mais profundo com sua postura em relação aos assuntos judaicos.
Ser casada com um judeu não indica necessariamente respeito ou compromisso genuíno com a fé judaica, especialmente se nem ela nem seu cônjuge participam ativamente das tradições judaicas. É essencial distinguir entre afiliação cultural e verdadeiro apoio à comunidade judaica. Além disso, a sombra de Barack Obama paira sobre as decisões de Kamala, suscitando suspeitas de influências iranianas no governo.
A lista de entrevistas de Kamala inclui os governadores Andy Beshear do Kentucky, J.B. Pritzker de Illinois, Josh Shapiro da Pensilvânia e Tim Walz de Minnesota, bem como o senador Mark Kelly do Arizona e o secretário de Transportes Pete Buttigieg. Segundo duas pessoas com conhecimento do processo de seleção de Harris, que pediram anonimato para discutir as deliberações da campanha em particular, Shapiro e Kelly estavam entre os favoritos.
Shapiro cancelou três arrecadações de fundos no fim de semana, incluindo uma no Hamptons, sem muita explicação, o que gerou especulações sobre sua possível escolha como vice. Michael Kempner, membro do comitê financeiro nacional de Biden, declarou em uma nota aos convidados que a reunião havia sido adiada e abertamente apoiou Shapiro como o número dois de Harris.
Entretanto, um vídeo nas redes sociais da prefeita de Filadélfia, Cherelle Parker, causou alvoroço ao promover Harris para presidente e Shapiro para vice, sugerindo que Parker pode ter informações privilegiadas sobre a decisão de Harris. Contudo, uma fonte próxima à prefeita afirmou que o vídeo apenas mostrava apoio a ambos, sem qualquer informação privilegiada.
J.B. Pritzker, governador de Illinois, é conhecido por sua forte liderança progressista e foco em políticas sociais e econômicas inclusivas. Seu mandato tem sido marcado por iniciativas em educação, saúde e infraestrutura, consolidando-o como uma figura influente dentro do Partido Democrata. .
Mark Kelly, senador do Arizona, também é um nome forte, com alta visibilidade e favorabilidade entre os democratas, especialmente aqueles com mais de 45 anos. Kelly, um veterano da Marinha e membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, tem sido uma voz influente sobre imigração e segurança de fronteiras, áreas de vulnerabilidade política para Harris que os republicanos buscam explorar.
Tim Walz, governador de Minnesota, é menos conhecido nacionalmente, mas recentemente ganhou destaque ao cunhar o termo “estranho” para descrever a chapa republicana, um termo agora amplamente usado por Harris e outros democratas. Walz lidera a Associação de Governadores Democratas e tem se mostrado um candidato promissor.
Andy Beshear, governador do Kentucky, é conhecido localmente e tem uma base sólida no Nordeste, onde é visto favoravelmente por quatro em cada dez adultos. Ele venceu a reeleição contra o republicano Daniel Cameron, com sua defesa dos direitos ao aborto sendo um fator chave em sua vitória.
Entre todos esses candidatos, Josh Shapiro se destaca como a escolha mais lógica e benéfica para Harris, especialmente para conquistar o apoio da comunidade judaica e fortalecer suas bases no Nordeste dos EUA. Se Kamala Harris não escolher Shapiro, será uma clara indicação de que está cedendo a influências externas e comprometendo seus valores em prol de agendas ocultas, possivelmente orquestradas por Obama e interesses iranianos.
Mesmo que o vice-presidente escolhido não seja de origem islâmica, a não escolha de Josh Shapiro, o candidato mais qualificado e evidente, simplesmente por ele ser judeu, será a maior prova de antissemitismo dentro da campanha de Kamala Harris. Quem viver, verá — em breve saberemos a verdade.