Por Kitty Tavares de Melo
Discurso de J.D. Vance na Conferência de Segurança de Munique: Um Ataque Direto à Hipocrisia Europeia e um Triunfo da Administração Trump na Defesa dos Cidadãos Comuns
No dia 14 de fevereiro de 2025, o Vice-Presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, subiu ao palco da Conferência de Segurança de Munique para proferir um discurso que abalou as elites políticas europeias e reforçou o compromisso da administração Trump em defender os cidadãos comuns contra o autoritarismo e a censura globalista. Diferente dos discursos convencionais desse evento, focados em geopolítica e estratégias militares, Vance escolheu expor a hipocrisia da União Europeia e denunciar sua erosão dos valores democráticos fundamentais.
O Chamado à Realidade
Vance iniciou sua fala prestando condolências às vítimas de um ataque terrorista recente em Munique, evidenciando o custo real das políticas de imigração fracassadas da Europa. Ele imediatamente associou o ataque às decisões irresponsáveis dos líderes europeus, que priorizam uma agenda globalista em detrimento da segurança dos próprios cidadãos. Esse tom inicial estabeleceu a base para um discurso firme e intransigente, colocando os interesses do povo acima da narrativa imposta pelas elites políticas.
Ataque Frontal à Censura e à Falência da Democracia Europeia
1. Liberdade de Expressão: A Europa Está Criminalizando a Oposição
Vance não poupou palavras ao denunciar a supressão da liberdade de expressão na Europa. Ele trouxe à tona o caso de Adam Smith-Connor, um veterano do Exército Britânico, que foi preso simplesmente por orar em silêncio perto de uma clínica de aborto no Reino Unido. Para Vance, isso simboliza a crescente intolerância das autoridades europeias contra qualquer visão que desafie a doutrinação progressista. Ele foi ainda mais longe, comparando essa censura moderna aos métodos autoritários dos regimes comunistas do século XX.
2. Integridade Democrática: O Medo das Urnas
Em seguida, Vance denunciou a manipulação eleitoral em países europeus, citando especificamente a anulação das eleições presidenciais na Romênia sob pretexto de “interferência russa”. Ele argumentou que esses acontecimentos não são meros incidentes isolados, mas um padrão de medo por parte das elites políticas, que não confiam no julgamento dos próprios eleitores. Diferente da administração Trump, que respeita a vontade popular e busca devolver o poder ao povo, a Europa estaria afastando-se do próprio conceito de democracia.
3. Imigração: A Falência da Segurança Europeia
Vance foi incisivo ao responsabilizar os líderes europeus por tragédias evitáveis, citando diretamente o ataque terrorista em Munique, realizado por um afegão asilado. Ele criticou a forma como a Europa tem priorizado políticas de fronteiras abertas em detrimento da segurança nacional, ignorando os avisos claros de que isso coloca os cidadãos comuns em perigo.
Aqui, Vance estabeleceu um forte contraste com a política migratória da administração Trump, lembrando que os Estados Unidos, sob sua liderança, colocam a segurança dos cidadãos em primeiro lugar. Sua mensagem foi clara: enquanto a Europa insiste em políticas falidas, os EUA sob Trump mantêm o compromisso de proteger seu povo, sem pedir desculpas por isso.
4. Redes Sociais e Censura Estatal
Em outro ataque contundente, Vance criticou a censura extrema imposta pela União Europeia nas redes sociais, descrevendo a forma como o bloco usa termos como “desinformação” e “fake news” como pretexto para silenciar opiniões divergentes. Ele comparou essas táticas às estratégias de controle soviéticas, afirmando que o verdadeiro objetivo não é combater mentiras, mas sufocar qualquer discurso que ameace a narrativa oficial das elites progressistas.
O Pânico da Elite Globalista
O impacto do discurso de Vance foi imediato e avassalador. Os líderes europeus ficaram completamente desnorteados, pois esperavam um discurso focado na Ucrânia e em geopolítica tradicional. No entanto, Vance virou o jogo e expôs as fraquezas e hipocrisias do próprio continente, gerando indignação entre os políticos que não estavam preparados para uma verdade tão crua.
1. A Resposta dos Líderes Europeus
- O Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, chamou o discurso de “inaceitável”, pois desmascarava publicamente a erosão das liberdades individuais na Europa.
- Outros líderes sentiram-se constrangidos, percebendo que a administração Trump não tem medo de confrontar as falhas das democracias ocidentais quando estas traem seus próprios princípios.
2. Reação da Mídia Globalista
- A grande imprensa imediatamente tentou rotular o discurso de Vance como uma “exportação do MAGA para a Europa”, na tentativa de desacreditá-lo.
- Críticos argumentaram que Vance estava exagerando os problemas internos da Europa, mas milhões de cidadãos comuns nas redes sociais viram a verdade por trás das palavras do vice-presidente americano.
3. Apoio Popular e a Voz do Povo
- Postagens na rede X (antigo Twitter) mostraram um misto de choque e aprovação, com muitos europeus agradecendo a Vance por finalmente dizer o que ninguém ousava falar.
- O discurso ressoou principalmente entre os cidadãos comuns, que estão cansados de ver suas liberdades restringidas e suas preocupações ignoradas pelos governantes.
Trump e a Defesa Global dos Cidadãos Comuns
O discurso de Vance não foi apenas uma crítica à Europa, mas uma afirmação do compromisso da administração Trump em restaurar e defender valores fundamentais ao redor do mundo.
1. O Novo Xerife na Cidade
- Vance repetiu diversas vezes que “há um novo xerife na cidade”, indicando que os EUA não mais tolerarão a degradação da liberdade e da democracia, seja dentro ou fora de suas fronteiras.
- Essa postura reflete o compromisso da administração Trump com políticas firmes, que priorizam os interesses dos cidadãos e não das elites globalistas.
2. Uma Luta Global pela Liberdade
- A mensagem de Vance foi clara: os EUA, sob Trump, não apenas protegerão seus próprios cidadãos, mas também estarão do lado de todos aqueles ao redor do mundo que veem seus direitos ameaçados.
- A administração Trump se posiciona como um bastião contra o autoritarismo, a censura e a manipulação eleitoral, provando que os valores democráticos ainda têm um defensor poderoso no cenário global.
A Administração Trump Como Guardiã da Liberdade Mundial
O discurso de J.D. Vance em Munique foi um marco na nova política externa dos Estados Unidos sob Trump. Em vez de seguir os protocolos diplomáticos vazios, Vance optou por expor as verdades inconvenientes que muitos líderes europeus tentam esconder.
“Enquanto a Europa mergulha em censura, insegurança e manipulação política, a administração Trump reafirmam seu papel como guardião da liberdade e da democracia.” JD Vance
A mensagem foi direta: a administração Trump não permitirá que governos globalistas suprimam direitos fundamentais sem serem confrontados. Para milhões de pessoas ao redor do mundo, os Estados Unidos voltaram a ser a chama da liberdade, trazendo esperança para aqueles que se sentem traídos por seus próprios líderes.
Aqui está a tradução completa do discurso do vice-presidente JD Vance na Conferência de Segurança de Munique:
Discurso Completo do Vice-Presidente JD Vance na Conferência de Segurança de Munique
Bem, obrigado, e obrigado a todos os delegados reunidos, às personalidades ilustres e aos profissionais da mídia. E um agradecimento especial ao anfitrião da Conferência de Segurança de Munique por conseguir realizar um evento tão incrível. Estamos, é claro, entusiasmados por estar aqui, felizes por estar aqui, e uma das coisas sobre as quais eu queria falar hoje são, obviamente, os nossos valores compartilhados. E, como vocês ouviram anteriormente, é ótimo estar de volta à Alemanha.
Estive aqui no ano passado como senador dos Estados Unidos. Vi o secretário de Relações Exteriores David Lammy e brinquei que ambos, no ano passado, tínhamos empregos diferentes dos que temos agora. Mas agora é hora de todos os nossos países, de todos nós que tivemos a sorte de receber poder político de nossos respectivos povos, usá-lo com sabedoria para melhorar suas vidas.
Quero dizer que fui afortunado em meu tempo aqui por poder passar algum tempo fora dos muros desta conferência nas últimas 24 horas, e fiquei muito impressionado com a hospitalidade das pessoas, mesmo, é claro, enquanto ainda estão se recuperando do horrível ataque de ontem.
A primeira vez que estive em Munique foi com minha esposa, que está aqui comigo hoje, em uma viagem pessoal. Sempre amei a cidade de Munique e sempre amei seu povo. Quero apenas dizer que estamos muito comovidos e que nossos pensamentos e orações estão com Munique e com todos os afetados pelo mal infligido a esta bela comunidade. Estamos pensando em vocês, orando por vocês e certamente torcendo por vocês nos próximos dias e semanas.
Preocupações com a Segurança e os Valores Europeus
Espero que esse não seja o último aplauso que recebo, mas estamos reunidos nesta conferência, é claro, para discutir segurança. Normalmente, falamos sobre ameaças à nossa segurança externa. Vejo muitos grandes líderes militares reunidos aqui hoje, mas, embora o governo Trump esteja muito preocupado com a segurança europeia e acredite que possamos chegar a um acordo razoável entre a Rússia e a Ucrânia, também acreditamos que, nos próximos anos, é importante que a Europa assuma um papel muito maior na sua própria defesa.
No entanto, a ameaça que mais me preocupa em relação à Europa não é a Rússia, nem a China, nem qualquer outro ator externo.
O que me preocupa é a ameaça interna, o retrocesso da Europa em relação a alguns de seus valores mais fundamentais – valores que compartilhamos com os Estados Unidos da América.
Fiquei impressionado ao ver que um ex-comissário europeu apareceu recentemente na televisão e parecia encantado com o fato de o governo romeno ter anulado uma eleição inteira. Ele alertou que, se as coisas não correrem como esperado, a mesma coisa poderia acontecer na Alemanha.
Essas declarações arrogantes são chocantes para os ouvidos americanos. Durante anos, nos disseram que tudo o que financiamos e apoiamos é em nome dos nossos valores democráticos compartilhados. Tudo, desde nossa política para a Ucrânia até a censura digital, é apresentado como uma defesa da democracia.
Mas quando vemos tribunais europeus cancelando eleições e altos funcionários ameaçando cancelar outras, devemos nos perguntar se estamos nos mantendo a um padrão suficientemente alto. E digo “nós” porque acredito fundamentalmente que estamos no mesmo time. Devemos fazer mais do que apenas falar sobre valores democráticos; devemos vivê-los.
Lições da Guerra Fria
Dentro da memória viva de muitos nesta sala, a Guerra Fria colocou os defensores da democracia contra forças muito mais tirânicas neste continente. E considere o lado dessa luta que censurava dissidentes, fechava igrejas e cancelava eleições. Eles eram os mocinhos? Certamente não.
Mas, graças a Deus, eles perderam a Guerra Fria. Eles perderam porque não valorizavam nem respeitavam todas as bênçãos extraordinárias da liberdade. A liberdade de surpreender, de cometer erros, de inventar, de construir. Como se viu, não se pode impor inovação ou criatividade, assim como não se pode forçar as pessoas a pensar, sentir ou acreditar no que desejamos.
E acreditamos que essas coisas estão profundamente interligadas. Infelizmente, quando olho para a Europa hoje, às vezes não fica tão claro o que aconteceu com alguns dos vencedores da Guerra Fria.
Olho para Bruxelas, onde comissários da União Europeia alertam os cidadãos de que pretendem fechar as redes sociais durante tempos de agitação civil, no momento em que detectarem o que julgam ser “conteúdo odioso”. Olho para o meu próprio país, onde a polícia realizou operações contra cidadãos suspeitos de postar comentários antifeministas online como parte de um “dia de ação contra a misoginia na internet”.
Olho para a Suécia, onde, há duas semanas, o governo condenou um ativista cristão por participar de queimas do Alcorão que resultaram no assassinato de seu amigo. Como observou de forma assustadora o juiz do seu caso, as leis suecas para supostamente proteger a liberdade de expressão não garantem, e cito, “um passe livre para dizer qualquer coisa sem risco de ofender o grupo que possui essa crença.”
Preocupações com a Liberdade Religiosa no Reino Unido
E talvez o mais preocupante, olho para nossos queridos amigos do Reino Unido, onde o retrocesso dos direitos de consciência colocou as liberdades básicas dos britânicos religiosos na mira das autoridades. Há pouco mais de dois anos, o governo britânico acusou Adam Smith-Connor, um fisioterapeuta de 51 anos e veterano do exército, do crime hediondo de ficar a 50 metros de uma clínica de aborto e orar silenciosamente por três minutos.
Ele não obstruiu ninguém, não interagiu com ninguém – apenas orava silenciosamente por conta própria. Após ser abordado pela polícia britânica e questionado sobre o que estava orando, Adam respondeu simplesmente que era pelo filho não nascido que ele e sua ex-namorada haviam abortado anos antes.
Os policiais não se comoveram. Adam foi considerado culpado de violar a nova lei das zonas de buffer do governo, que criminaliza a oração silenciosa e outras ações que possam influenciar a decisão de uma pessoa em um raio de 200 metros de uma clínica de aborto. Ele foi condenado a pagar milhares de libras em custos judiciais à promotoria.
Gostaria de dizer que isso foi um caso isolado, um exemplo único de uma lei mal redigida sendo aplicada contra uma única pessoa.
Mas não foi.
Em outubro passado, há apenas alguns meses, o governo escocês começou a distribuir cartas para cidadãos cujas casas estão dentro das chamadas “zonas de acesso seguro”, alertando-os de que até mesmo orar em particular dentro de suas próprias casas pode ser uma violação da lei. Naturalmente, o governo instou os cidadãos a denunciar qualquer vizinho suspeito de cometer “crime de pensamento.”
No Reino Unido e em toda a Europa, temo que a liberdade de expressão esteja em declínio.
Censura nos Estados Unidos
E, no interesse do humor, meus amigos, mas também no interesse da verdade, admitirei que, às vezes, as vozes mais altas em favor da censura não vêm da Europa, mas sim do meu próprio país, onde o governo anterior ameaçou e intimidou empresas de redes sociais para censurarem a chamada “desinformação”.
Desinformação como, por exemplo, a ideia de que o coronavírus provavelmente vazou de um laboratório na China. Nosso próprio governo encorajou empresas privadas a silenciar pessoas que ousaram dizer o que mais tarde se revelou uma verdade óbvia.
Portanto, venho aqui hoje não apenas com uma observação, mas com uma oferta. Assim como o governo Biden parecia desesperado para silenciar as pessoas por expressarem suas opiniões, o governo Trump fará exatamente o oposto, e espero que possamos trabalhar juntos nisso.
Em Washington, há um novo xerife na cidade e, sob a liderança do presidente Donald Trump, podemos discordar de suas opiniões, mas lutaremos para defender o seu direito de expressá-las na praça pública, seja concordando ou discordando.
O Cancelamento da Eleição na Romênia
Agora chegamos a um ponto em que a situação se deteriorou tanto que, em dezembro passado, a Romênia simplesmente cancelou os resultados de uma eleição presidencial, com base em suspeitas frágeis de uma agência de inteligência e sob enorme pressão de seus vizinhos continentais.
Pelo que entendi, o argumento foi que a desinformação russa teria infectado as eleições romenas.
Mas eu pediria aos meus amigos europeus que tivessem alguma perspectiva. Vocês podem acreditar que é errado a Rússia comprar anúncios em redes sociais para influenciar suas eleições. Nós certamente acreditamos nisso. Vocês podem condená-lo no palco mundial, se quiserem.
Mas se a sua democracia pode ser destruída com algumas centenas de milhares de dólares em publicidade digital de um país estrangeiro, então ela não era muito forte para começar.
A boa notícia é que acredito que suas democracias são substancialmente menos frágeis do que muitos temem, e realmente acredito que permitir que nossos cidadãos expressem suas opiniões as tornará ainda mais fortes.
E isso, é claro, nos traz de volta a Munique, onde os organizadores desta própria conferência baniram parlamentares que representam partidos tanto de esquerda quanto de direita de participarem dessas discussões.
Novamente, não precisamos concordar com tudo, ou com qualquer coisa, que as pessoas dizem. Mas quando líderes políticos representam uma parte significativa da população, é nosso dever, pelo menos, dialogar com eles.
Para muitos de nós, do outro lado do Atlântico, isso parece cada vez mais com interesses antigos e arraigados se escondendo atrás de palavras da era soviética como “desinformação” simplesmente porque não gostam da ideia de que alguém com um ponto de vista alternativo possa expressar uma opinião diferente ou, Deus nos livre, votar de uma maneira diferente, ou pior ainda, vencer uma eleição.
Gastos com Defesa e Segurança Europeia
Agora, esta é uma conferência de segurança, e tenho certeza de que todos vocês vieram preparados para discutir como exatamente pretendem aumentar os gastos com defesa nos próximos anos, alinhando-se a uma nova meta.
E isso é ótimo, porque, como o presidente Trump deixou absolutamente claro, ele acredita que nossos amigos europeus devem desempenhar um papel maior no futuro deste continente.
Vocês ouviram esse termo “divisão de encargos”, e acreditamos que isso é uma parte importante de uma aliança compartilhada — que os europeus assumam mais responsabilidades enquanto os Estados Unidos concentram esforços em regiões do mundo que estão em grande perigo.
Mas permitam-me também perguntar: como vocês sequer começarão a pensar nessas questões orçamentárias se não souberem o que exatamente estão defendendo?
Já ouvi muito, em minhas muitas conversas com pessoas reunidas nesta sala, sobre do que vocês precisam se defender — e, claro, isso é importante.
Mas o que tem me parecido menos claro, e certamente penso que para muitos cidadãos da Europa também, é pelo que exatamente vocês estão se defendendo.
Qual é a visão positiva que anima esse pacto de segurança compartilhado, que todos acreditamos ser tão importante?
E eu acredito profundamente que não há segurança se vocês têm medo das vozes, opiniões e consciência do próprio povo.
A Europa enfrenta muitos desafios, mas a crise que este continente enfrenta agora, a crise que acredito que todos enfrentamos juntos, é uma crise de nossa própria criação.
Se vocês estão fugindo do próprio eleitorado, não há nada que os Estados Unidos possam fazer por vocês — assim como não há nada que vocês possam fazer pelo povo americano, que me elegeu, e elegeu o presidente Trump.
Vocês precisam de mandatos democráticos para realizar qualquer coisa de valor nos próximos anos.
Será que não aprendemos nada com o fato de que mandatos frágeis produzem resultados instáveis?
A Importância de Mandatos Democráticos
Mas há tanto de valor que pode ser alcançado com o tipo de mandato democrático que acredito que surgirá ao se tornar mais responsivo às vozes de seus cidadãos.
Se vocês desejam economias competitivas, energia acessível e cadeias de suprimento seguras, então precisam de mandatos para governar.
Porque é necessário tomar decisões difíceis para alcançar tudo isso, e nós, nos Estados Unidos, sabemos muito bem disso.
Vocês não podem conquistar um mandato democrático censurando seus opositores ou os prendendo — seja o líder da oposição, uma cristã humilde orando em sua própria casa ou um jornalista tentando reportar as notícias.
E tampouco podem conquistá-lo ao ignorar completamente a opinião do eleitorado em questões fundamentais, como quem pode ou não fazer parte da nossa sociedade compartilhada.
O Desafio da Migração em Massa
E, de todos os desafios urgentes que as nações aqui representadas enfrentam, acredito que não há nada mais crítico do que a migração em massa.
Hoje, quase uma em cada cinco pessoas que vivem neste país se mudou para cá do exterior — um número recorde. É um número semelhante nos Estados Unidos — também um recorde histórico.
O número de imigrantes que entraram na União Europeia vindos de países não pertencentes à UE dobrou entre 2021 e 2022, e, é claro, aumentou ainda mais desde então.
E sabemos que essa situação não surgiu do nada.
Ela é o resultado de uma série de decisões políticas tomadas por líderes deste continente e de outros lugares ao longo da última década.
Vimos os horrores causados por essas decisões ontem, nesta própria cidade.
E, claro, não posso mencionar isso novamente sem pensar nas terríveis vítimas, que tiveram um belo dia de inverno em Munique arruinado.
Nossos pensamentos e orações estão com elas, e permanecerão com elas.
Mas por que isso aconteceu em primeiro lugar?
É uma história terrível, mas uma que já ouvimos vezes demais na Europa — e, infelizmente, também nos Estados Unidos.
Um requerente de asilo, muitas vezes um jovem na casa dos vinte anos, já conhecido pela polícia, joga um carro contra uma multidão e destroça uma comunidade.
Quantas vezes mais teremos que sofrer com esses ataques brutais antes de mudarmos de rumo e levarmos nossa civilização compartilhada em uma nova direção?
Nenhum eleitor deste continente foi às urnas para abrir as comportas para milhões de imigrantes não selecionados.
Mas sabem pelo que eles votaram?
Na Inglaterra, votaram pelo Brexit. E, concordem ou discordem, votaram por isso.
E mais e mais, em toda a Europa, estão votando em líderes políticos que prometem acabar com a migração fora de controle.
Acontece que concordo com muitas dessas preocupações, mas vocês não precisam concordar comigo. O que eu realmente acredito é que as pessoas se preocupam com seus lares, com seus sonhos, com sua segurança e com a capacidade de sustentar a si mesmas e seus filhos.
E elas são inteligentes. Acho que essa é uma das coisas mais importantes que aprendi no meu curto tempo na política. Ao contrário do que algumas elites em Davos possam pensar, os cidadãos de todas as nossas nações não se veem como meros animais domesticados ou engrenagens intercambiáveis de uma economia global.
E não é surpreendente que eles não queiram ser empurrados de um lado para o outro ou implacavelmente ignorados por seus líderes.
Democracia é justamente o meio de adjudicar essas grandes questões na urna eleitoral.
Acredito que menosprezar as pessoas, ignorar suas preocupações ou, pior ainda, fechar meios de comunicação, cancelar eleições ou excluir as pessoas do processo político não protege nada. Na verdade, é a maneira mais garantida de destruir a democracia.
E falar abertamente e expressar opiniões não é interferência eleitoral – mesmo quando essas opiniões são expressas por pessoas de fora do seu país e mesmo quando essas pessoas são muito influentes.
E, acreditem, digo isso com humor: se a democracia americana sobreviveu a dez anos dos sermões de Greta Thunberg, vocês certamente podem sobreviver a alguns meses de Elon Musk.
A Importância de Ouvir o Povo
Mas o que nenhuma democracia – seja americana, alemã ou europeia – pode sobreviver é a ideia de dizer a milhões de eleitores que seus pensamentos e preocupações, suas aspirações e seus pedidos de alívio são inválidos ou indignos de sequer serem considerados.
A democracia se baseia no princípio sagrado de que a voz do povo importa. Não há espaço para barreiras artificiais. Ou vocês defendem esse princípio, ou não defendem.
Os europeus – o povo – têm uma voz. Os líderes europeus têm uma escolha.
E minha crença profunda é que não precisamos ter medo do futuro. Vocês podem aceitar o que o povo lhes diz, mesmo quando é surpreendente, mesmo quando discordam.
E se fizerem isso, poderão enfrentar o futuro com segurança e confiança, sabendo que a nação está ao lado de vocês. E essa, para mim, é a grande mágica da democracia.
Ela não está nestes prédios de pedra ou nestes belos hotéis. Ela não está nem mesmo nas grandes instituições que construímos juntos como uma sociedade compartilhada.
Acreditar na democracia é entender que cada um dos nossos cidadãos tem sabedoria e tem voz.
E se nos recusarmos a ouvir essa voz, mesmo nossas lutas mais bem-sucedidas garantirão muito pouco.
Como disse o Papa João Paulo II – na minha opinião, um dos mais extraordinários campeões da democracia neste continente ou em qualquer outro – “Não tenham medo.”
Não devemos ter medo do nosso povo, mesmo quando eles expressam opiniões que discordam da liderança.
Obrigado a todos. Boa sorte a vocês. Que Deus os abençoe.