Por Marcos Candeloro
A nova tendência da esquerda moderna tem gerado preocupações em relação à maneira como reagem a tentativas de assassinato de líderes de direita durante campanhas eleitorais. Cada vez que um incidente desse tipo ocorre, a reação automática parece ser acusar a própria vítima de forjar o ataque. Esse comportamento levanta questionamentos sobre a lógica dessas alegações, especialmente em casos graves como o atentado contra Donald Trump, que resultou na morte de um apoiador e ferimentos em outros.
No mundo mental da esquerda, a narrativa dominante sugere que líderes de direita são sempre os agressores e nunca as vítimas. Essa visão tem se consolidado de tal forma que, mesmo em face de tentativas de assassinato, as reações são de acusações infundadas. A situação é ainda mais perplexa quando se considera que, em casos como o de Bolsonaro, foi afirmado que ele teria “fingido” a facada que quase lhe custou a vida, desconsiderando as extensas cirurgias que foram necessárias após o ataque.
Além da esfera digital, onde a desinformação é amplamente disseminada, figuras políticas influentes também têm alimentado essa narrativa. Um ex-ministro e ex-presidente do PT chegou a afirmar que Trump falsificou o atentado, assim como Bolsonaro teria forjado a facada que sofreu. Essa linha de pensamento é frequentemente defendida por pessoas associadas a milícias digitais que propagam desinformação, sem que haja um posicionamento claro das autoridades sobre essas insinuações.
Embora o Itamaraty não tenha expresso compreensão pelos motivos do assassino, como fez em relação a ações tomadas por grupos como o Hamas, Lula condenou publicamente o atentado contra Trump, classificando-o como “inaceitável”. No entanto, a falta de restrições às declarações maliciosas de aliados do governo sugere um compromisso com a eliminação dos adversários da chamada “extrema direita”. Essa dinâmica não se restringe ao Brasil. Em várias nações desenvolvidas, a acusação sistemática de que líderes de direita estão associados a ideologias fascistas ou nazistas foi se tornando uma espécie de religião entre a esquerda, os chamados “centristas” e as classes culturais. Observações sobre figuras como Marine Le Pen, Giorgia Meloni, Viktor Orbán e Javier Milei refletem essa prática.
A ideia de que um líder de direita poderia estabelecer uma ditadura ao vencer eleições é desprovida de fundamentação. Tanto Trump quanto Bolsonaro não possuem intenções de implantar regimes autoritários em seus países e, materialmente, não teriam como fazê-lo mesmo que quisessem. Assim, a insistência em acusações histéricas revela-se como uma das manifestações mais tóxicas de ódio na arena política contemporânea.