Por @PabloSpyer
As bolsas de valores ao redor do mundo têm experimentado quedas acentuadas, impulsionadas pelo medo de uma recessão iminente nos Estados Unidos. Este fenômeno reflete a crescente aversão ao risco dos investidores, destacando o impacto das políticas econômicas implementadas pelo governo Biden, referidas como Bidenomics. A atual situação econômica pode se revelar um desastre ainda maior do que a Grande Recessão de 2008.
Quedas Generalizadas nos Mercados
Os índices de ações no exterior tiveram um segundo pregão de fortes quedas nesta segunda-feira. O índice Nikkei, por exemplo, recuou 12,4%, a maior baixa desde 1987, refletindo o receio de uma recessão nos Estados Unidos. O índice de volatilidade VIX, conhecido como o “índice do medo”, subiu 86,96%, atingindo 43,72 pontos, o maior nível desde 2020. Esse aumento indica a crescente preocupação dos investidores com o futuro da economia global.
Impacto nas Commodities e Moedas
A onda de temor também derrubou os preços das commodities e das taxas de juros, além de afetar o valor do dólar. Os mercados apresentaram uma pequena recuperação após a divulgação do índice de atividade dos gerentes de suprimento (ISM) do setor de serviços dos EUA, que fechou julho com 51,4 pontos, superando a expectativa de 51,0. No entanto, essa melhora foi modesta, com o índice Dow Jones caindo 984 pontos (2,5%), o S&P500 recuando 2,95% e o Nasdaq caindo 3,6%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 caiu 2,19%.
Reflexos no Brasil
No Brasil, o Índice Bovespa caiu 1,33%, atingindo 124.178 pontos, com as principais ações do índice em queda. A Petrobras recuou 1,9% no papel preferencial e 1,4% no ordinário, enquanto a Vale caiu 0,4%, apesar das medidas de incentivo ao setor de serviços anunciadas pelo governo da China. O setor financeiro também registrou quedas, com exceção do Bradesco PN, que subiu 4,5% após resultados acima do esperado no segundo trimestre.
Volatilidade e Incerteza
O cenário de incerteza nos mercados financeiros é exacerbado pela volatilidade, com o índice do medo VIX subindo 45%. Nos Estados Unidos, a divulgação do índice ISM trouxe uma leve melhora, mas as bolsas continuam em baixa acentuada. O índice Dow Jones caiu 2,4%, o S&P500 recuou 2,65% e o Nasdaq, 2,97%. O dólar também registrou variações, com o índice DXY caindo 0,46%.
Políticas do Federal Reserve
Aumentaram as apostas em um corte maior dos juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (FOMC), marcada para 18 de setembro. As chances de um corte de 0,50 ponto percentual subiram de 74% para 83,5%, enquanto as de um corte de 0,25 ponto recuaram de 26% para 16,5%. A possibilidade de uma ação antecipada do Federal Reserve, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19, também está sendo considerada.
Bitcoin e Commodities
O Bitcoin caiu 10,2%, sendo negociado a US$ 53.103,19, enquanto o petróleo tipo Brent perdeu 1,0%, caindo para US$ 76,02 o barril. Mesmo o ouro, tradicionalmente considerado um porto seguro em tempos de incerteza, caiu 1,6%, para US$ 2.428,30 a onça-troy.
Conclusão: O Desastre da Bidenomics
As políticas econômicas da administração Biden, muitas vezes agrupadas sob o termo Bidenomics, têm sido criticadas por sua capacidade de gerar instabilidade e incerteza econômica. A situação atual dos mercados financeiros, com quedas acentuadas e um medo crescente de recessão, pode se revelar um desastre ainda maior do que a Grande Recessão. As implicações dessa crise não se limitam aos Estados Unidos, afetando economias ao redor do mundo, incluindo o Brasil.