Por Maria Emilia Voss
Pra começar a desfazer essa mentira, nada melhor do que trazer o discurso do então deputado Jair Bolsonaro, em pronunciamento no plenário da Câmara no dia 31 de Março de 2005. Vou repetir na íntegra e espero que se desfaça qualquer narrativa mentirosa que nos imputam.
Antes de 31 de março de 1964, o Brasil vivia um clima de corrupção, de greve generalizada, de insubordinação nas Forças Armadas, de caos absoluto. A paralisação de serviços públicos essenciais e outros acontecimentos indicavam a perspectiva de iminente guerra civil.
Naquela época, existia a Guerra Fria, quando o comunismo tentava ampliar seus tentáculos e o fazia de forma violenta. O Brasil era um alvo dos mais interessantes.
O caos estava implantado. Praticamente havia uma revolução comunista no Brasil. Por isso, não tenho dúvida de que o heróico movimento militar de 31 de março de 1964, equivocadamente chamado de revolução. Na verdade, foi uma contra-revolução, pois surgiu para se contrapor a uma revolução comunista em pleno andamento.
Com forte apoio popular, com o beneplácito da Igreja, com apoio das mulheres e principalmente da imprensa, que estampava editoriais pedindo “um basta” ao desgoverno de João Goulart e ao caos reinante, os militares acabaram por assumir o timão deste País, no dia 31 de março de 1964.
Tanto é verdade esse apoio que não foi disparado um tiro sequer, em contraposição à revolução cubana, que botou no paredão mais de 70 mil pessoas, entre eles pensadores, e hoje mantém milhares de presos políticos confinados.
Em pouco tempo, o Brasil, sob os Governos militares, sem falar muito, passou da 49ª para a 8ª economia do mundo. Deu impressionante salto de qualidade. Contudo, perdemos terreno: hoje, ocupamos a 14ª posição.
São inegáveis as conquistas da Contra-Revolução, seja na área energética, seja na de transportes, seja na de educação, seja, ainda, no acelerado processo de industrialização e de implementação de notável infra-estrutura.
A intenção do saudoso Presidente Castello Branco era tirar o País do caos e, cumprindo o prazo do mandato de Jango, devolver o Governo aos civis, mas as mesmas forças que apoiaram o movimento contra-revolucionário exigiram a continuidade dos militares no poder.
A edição do AI-5 foi conseqüência da ação dos comunistas, que se lançaram à luta armada sob o pretexto de combater a “ditadura”. Os militares sempre estiveram ávidos por entregar o controle do País aos civis, mas não puderam fazê-Io, ante o clima de guerra revolucionária desenvolvido pelas esquerdas.
Os terroristas de ontem, hoje no poder, posam de combatentes da liberdade, camuflando a verdade histórica, que sempre foi a de tentar implantar no Brasil a ditadura do proletariado.
A Contra-Revolução foi magnânima com os vencidos na luta armada, outorgando uma anistia que pretendia o esquecimento, o perdão e o desarmamento de espíritos. O que se vê hoje, entretanto, é uma anistia enviesada, que promove a iniqüidade e o revanchismo, além de propiciar indenizações e pensões milionárias aos protegidos das atuais autoridades, algumas sem qualquer parâmetro com os critérios estabelecidos para os que contribuíram de qualquer forma para um sistema previdenciário.
Os brasileiros vítimas do terrorismo hoje não recebem mais nem a lembrança de suas desgraças. Para os que estão no poder, são cidadãos de segunda classe, cujas famílias não merecem nenhum lenitivo. As reparações são para os “perseguidos”, os criminosos e terroristas de ontem, que agora se empanturram com o que verdadeiramente saqueiam dos cofres públicos.
A partir de agora, acredito que você tenha mais entendimento de que os militares não tomaram o poder, não deram golpe nenhum. Toda essa narrativa foi criada para moldar uma realidade favorável aos Planos de Poder que esses comunistas, marxistas, socialistas, satanistas e outros “istas”.
Estranho, Sr. Presidente, que todos que “lutaram ferozmente” contra uma “violenta e sanguinária ditadura” não apresentem qualquer seqüela, nem mesmo uma simples marca de arranhão. Algo está errado, ou esses “heróis” não lutaram tão bravamente ou a chamada ditadura não era tão violenta e sanguinária como apregoam.
No discurso do Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh proferido na noite da última eleição para a Presidência desta Casa, S.Exa. afirmou que era advogado dos perseguidos e presos políticos desde a época da “ditadura” e encontrava com os presos nos porões. Cabe uma pergunta: que ditadura era essa que, segundo as informações do próprio Deputado Greenhalgh, permitia que advogados se comunicassem com os presos? Outra pergunta, Sr. Presidente: na democrática Cuba, tão decantada pelas atuais autoridades de nosso País, advogados se encontram com presos nos “porões”?
O que temo, sinceramente, é que queiram implantar em nosso País um “regime democrático idêntico ao de Cuba”.
Corruptos, assassinos, seqüestradores, assaltantes estão por aí com os bolsos cheios e promovendo a sua revanche. No Brasil o crime compensa. No Brasil, terrorista é herói e alvo da benemerência do Estado.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os militares foram complacentes. O Presidente João Figueiredo proporcionou anistia com o intuito de levar tudo o que aconteceu, em ambos os lados, para o esquecimento, para o perdão, para que houvesse um congraçamento entre vencidos e vencedores. Infelizmente isso não aconteceu.
O revanchismo é evidente. Os militares estão em situação nunca encontrada em lugar algum; se comparada às de outros países, é a pior.
Cito o jornal O Globo de 22 de março, que publicou matéria sobre a onda de anistias em alguns Estados. No Rio de Janeiro, a Sra. Jesse Jane Vieira de Souza, que participou do seqüestro de um avião durante a ditadura, passando-se por grávida, afirmou que os 20 mil reais pagos pela indenização têm apenas um efeito reparador. Ora, indeniza-se uma mulher que seqüestrou um avião!
Espero que os jovens que estão recebendo essa carga de informação negativa da Esquerda sobre o regime militar perguntem a seus avós como foi aquele momento ou se não eram reféns nesse avião.
Nessa matéria ainda, tomamos conhecimento de foi também indenizado, com 20 mil reais, o cidadão brasileiro Alex Polari, que há 35 anos participou do seqüestro do Embaixador alemão Von Holleben. Indenização a um seqüestrador! Logo o Governo do Rio de Janeiro, que não paga há mais de 3 anos o auxílio-funeral a seus policiais militares que morrem em combate!
Para completar, a edição de hoje do jornal O Globo me chama de bobo, porque apresentei requerimento à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional em que elogio o Presidente da Indonésia, tendo em vista que a Justiça daquele país condenou à morte um traficante, um marginal brasileiro.
O mesmo jornal podia chamar de esperto o Presidente Lula, que pediu clemência para esse traficante. Ou, então, elogiar o Presidente brasileiro, que agora foi flagrado, conforme se vê em fotografias em todos os jornais do País, abraçando o maior consumidor de cocaína do mundo, o Sr. Maradona.
Ou ainda, para completar, Sr. Presidente, o jornal O Globo devia chamar de esperto Franklin Martins, que, apesar de ninguém saber, foi um dos seqüestradores, juntamente com Gabeira, do Embaixador americano Charles Elbrick.
Há uma inversão de valores neste País, Sr. Presidente. Dou graças a Deus, no momento, por V.Exa. ter assumido essa cadeira, pois é um homem voltado à defesa da família, um homem íntegro, honesto e respeitador, que tem trazido vitórias a este País, como, por exemplo, a votação da PEC Paralela e a derrubada da Medida Provisória nº 232. O mérito é de V.Exa. e não, como disseram os aparteantes do Parlamentar do PT que me antecederam, uma vitória de Lula, que teria ouvido o PT e a sociedade. É uma mentira! O PT mentiu 20 anos para chegar ao Governo. A única coisa que não mudou no PT foi a mentira, que é a marca na testa de todos os petistas nesta Casa.
Parabéns a V.Exa., Sr. Presidente, pela forma como conduz os trabalhos!
Deus salve o povo brasileiro dessa Esquerda que está no poder, mafiosa e amiga das FARC!
Jair Messias Bolsonaro
Sem pressa e com estratégias geniais, entraram nas igrejas católicas, na imprensa, nas escolas e foram como um câncer, comendo os mais preciosos tecidos da sociedade.
Fizeram concursos públicos, prepararam seus militantes para posições estratégicas, com promessas de perpetuidade e garantia de boa aposentadoria, corromperam grande parte do funcionalismo público, do judiciário, universidades, cultura, mídia e igrejas.
Precisamos conhecer a verdadeira história para não cairmos em fantasias na expectativa de que, em algum momento, os militares fariam o mesmo. Só fariam se, da mesma forma, fossem convocados pelo Congresso.
Espero que esse texto traga uma reflexão.