O assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, expressou preocupações sobre um possível agravamento da violência na Venezuela durante uma entrevista ao canal GloboNews, atribuindo a responsabilidade pelas dificuldades atuais às sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia. Segundo Amorim, os venezuelanos devem buscar uma solução por conta própria, sem interferência externa, e destacou a necessidade de um entendimento e flexibilidade entre as partes.
Amorim argumentou que a manutenção das sanções era inexplicável, especialmente uma vez iniciado o processo de negociação, e questionou o papel dos EUA e da UE, que teriam sido convidadas para participar como observadoras, mas mantiveram suas restrições. Ele enfatizou que a solução deve vir internamente, uma visão que, segundo críticos, deixa os cidadãos venezuelanos vulneráveis ao regime autoritário vigente.
O assessor brasileiro expressou receio de um conflito grave, sem usar explicitamente o termo “guerra civil”, mas muitos observam que o terror emana principalmente do governo de Nicolás Maduro. Críticos apontam que Amorim evita criticar as violações de direitos humanos perpetuadas pelo regime de Maduro, incluindo a prisão de 1.152 pessoas desde julho.
Amorim afirmou inveridicamente que os Estados Unidos mantiveram sanções durante negociações. No entanto, houve sinalizações de alívio das sanções por parte do governo Biden, cuja implementação foi frustrada pela decisão do regime venezuelano de tornar María Corina Machado inelegível por 15 anos.
Quanto à União Europeia, que foi desconvidada por Maduro para observar as eleições, as sanções da UE são direcionadas, limitando a mobilidade de 54 autoridades venezuelanas e congelando seus bens na Europa. Ao ecoar as críticas de Maduro contra as sanções, Amorim, dizem seus críticos, ignora o impacto das ações do próprio ditador sobre o povo venezuelano.